DICA DO DIA

Antes de tudo: Fora Temer!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dente, pra que te quero?

Dentes são necessários.
Ok...já sei. Sem dentes a picanha não estaria no cardápio, o cinema não teria pipoca,  o pão nosso de cada dia ficaria velho. Mas dentes se quebram, ficam sujos, adoecem. Dentes não ajudam o sexo, ocupam minutos dos nossos dias, gastam centenas das nossas economias.
Precisavam ser mesmo tantos?
Em um dia como o de hoje, em que sofro com uma dor num dente desgraçado, fico me perguntando que diabos mesmo ele está fazendo aqui na minha boca. Ainda mais um tão recluso, lá pra trás, escondidinho. Não melhora meu sorriso, não participou da mastigação do jantar... Parece que esteve aqui esses anos todos só pra um dia incomodar. Feito o apêndice! (shhh...é melhor não tocar nesse nome. Vai que ele escuta...)

É implicância minha o descaso com os dentes. Sou informada o suficiente para saber a importância desses pequenos mentex que guardamos na boca. Mais do que implicância, é medo. Sou medrosa feito criança pra sentar naquela cadeira automatizada. Nem o espelhinho me distrai, e olha que um espelho distrai qualquer mulher. Mas basta uma dor de dente e já saio querendo arrancar tudo fora e refazer com resina. Eu ficaria com os caninos, os da frente que são bonitinhos, os que aparecem quando falo e nenhum a mais.

Dentes reclusos e pêlos na virilha: vieram ao Mundo para enriquecer esteticistas e dentistas. Por sorte tenho uma dentista na família.
Alguém aí conhece um solteirão bonito dono de clínica de depilação?

domingo, 30 de outubro de 2011

Detesto boné

Eu não gosto de boné. Não entendo seu propósito. Na praia, no sol, faz sentido. Não no shopping, indo ao cinema, num fim de tarde... Boné `a noite é como óculos de sol na testa. Vergonhoso! Se você usa boné fora de hora, deve achar natural sair de gorro fora do frio, usar boina longe da França, e chapéu panamá no Brasil.
Boné é coisa de menino. Homens de 30 não usam boné.
Usam. Mas não deviam. 
É como uma mulher usar arco de lacinho, ou como descobrir uma cueca de super-herói por baixo da roupa de um cara.
Roupa tem idade, validade, ocasião... Toda mulher madura sabe a hora de aposentar a barriga e colocar as pernas de fora. E toda mulher que presta sabe onde termina a perna e começa a bunda. A gente aprende no curso de bom senso da vida. Não precisa de vestibular...
O boné ainda despenteia o cabelo... Aí obriga o cidadão a usar a desgraça o restante do dia. Será que tem homem que transa de boné? Nunca peguei um pela frente, mas não me surpreenderia. Muita gente perdeu o curso de bom senso e vai para as preliminares de meia. Me explica: meia não é acompanhamento de sapato?! Se um vai embora, o outro deve ir, casadinho, na mesma hora. Fazer sexo de meia é o mesmo que ficar pelado usando cinto!
Não gosto mesmo do boné. Sempre acho que estou conversando com um sósia do Sérgio Malandro, que tá na hora do recreio ou que fiquei parada no tempo.
E tem um detalhe pior: Ninguém lava boné. Vai pra cabeça, passa o dia exposto, pega suor, inhaca....aí volta pro armário.
Vamos tirar o boné e botar outra coisa na cabeça: Bonés são acessórios de sol. Como viseira, canga, barraca de praia. Deixe o seu num cantinho perto do filtro solar. Só use um quando usar o outro. Combinado?

sábado, 29 de outubro de 2011

O JOBÍ

O Jobí fica entre a praia e a noite, entre a festa e a cama, o tédio e o cansaço. O Jobí fica entre o sóbrio e o alegre ou entre o alegre e o derrotado. Fica entre a Guanabara e o Bracarense, entre a fome e o Koni, entre uma blitz e outra. Fica alí, bem depois do túnel, quase esquina com o Veloso, entre o futebol e o banho, justo antes de uma idéia ou logo após um furo. No Jobí há quem esteja sozinho, há os grupos de sempre, os amigos do bairro, os que cruzam de zona, os que não falam português. Há quem queira ver gente, quem queira falar, quem só queira beber. Há sempre alguém procurando algo mais, e um monte de gente feliz em parar por alí. O Jobí pode matar saudade, curar deprê, embebedar, ser o primeiro passo. No Jobí você beija, bebe, come, conhece gente e perde a hora.
Em um dia bom o Jobí fecha como um trunfo. Numa noite ruim, ele pode salvar o dia!
O Jobí fica alí, no início do Leblon, onde o mundo parece ser bonito, onde a vida parece uma novela.
`As vezes é bom viver um pouco de mentirinha.
É sempre bom passar um pouco no Jobí.

Sobre mim...(em 3 atos)

1 - QUANDO QUERO SER OUTRA
Algumas vezes na vida quis fazer parte da história de outra pessoa. Muitas vezes as histórias não eram felizes. Histórias de filmes, casos na tv, contadas por alguém...Não sei exatamente o que é essa busca. É como se eu quisesse viver algo especial, mesmo sendo especialmente triste. Sempre achei que todo mundo era assim. Aí com o tempo fui descobrindo que não.
Foi esquisito perceber que as pessoas não compartilhavam comigo um sentimento tão espontâneo, tão natural e tão recorrente.
Parando pra analisar, percebi que não é mesmo muito razoável. Não soa muito saudável desejar estar na pele de alguém que perde um grande amor, ou que conta um caso forte de superação. Mas de alguma forma, elas se tornam únicas, mais sábias, talvez. Talvez seja isso...Penso agora enquanto escrevo! Talvez eu enxergue nelas uma capacidade de saber coisas que eu não sei. Ou talvez seja o poder que o extraordinário ou impactante tem de chamar a atenção dos outros. Pode ser mesmo que seja só uma necessidade minha de ser vista, ouvida, notada, admirada, acolhida...
...
2 - QUANDO QUERO SER MELHOR
A gente vive tentando ser bonito. É bom quando a gente descobre que é ou se aceita, se gosta e, portanto, se acha bonito. Eu me aceitei dessa forma, buscando as virtudes, olhando do ângulo mais favorável, há pouco menos de 10 anos. Nem sempre foi assim. Não sei como é ser a rainha da escola e nem ter os rapazes aos meus pés na formatura. Passei a maior parte do colégio fazendo teatro, usando bermuda masculina e amarrando o cabelo. Existe um pensamento comum que diz que as mulheres que não foram lindas quando novas, aprenderam a ser simpáticas, educadas, inteligentes...como uma espécie de compensação: com alguma ferramenta elas tinham que ganhar! Hoje, com quase dez anos de "beleza" descoberta, sofro o desgaste que é depositarmos muito na aparência. É mentira dizer que não abre portas. Perdi as contas de quantas vezes usei meu sorriso, joguei meu cabelo e consegui o que queria. Arrisco dizer que confiei na beleza como minha aliada em quase todas as minhas ações nos últimos anos. Chegar a essa conclusão é decepcionante... Mas saudável! Perdi dias lindos de praia com vergonha de revelar uma gordurinha a mais e não fui a uma lista de festas porque tinha espinhas na cara. É patético acreditar que as pessoas me olharão de forma diferente, mas a vida real pode ser cruel.  Acordar, tomar banho, vestir e maquiar... Certos dias o espelho me barra. É a primeira pessoa que vejo quando acordo. É meu "bom dia", meu desjejum. Quando o reflexo não sorri pra mim, o dia pode ficar cinza e o relógio mais lento.
Maldita ditadura da beleza!
Malditas mentes emburrecidas  - como a minha!
Maldita dieta que não me emagrece. rsrsr
...
3 - QUANDO GOSTO DE QUEM SOU
Rir é bom, faz bem, espanta mais males do que cantar, exercita os músculos e dá cócegas na barriga! Rir pode ser alto, pode ser pra dentro, pode ser nos olhos. Rir dá rugas, mas nem toda ruga é feia. Rugas de rir podem ser charmosas.
Sorrir é bom, abre portas, inibe, atinge, atrai, encanta. Sorrir enquanto fala é bom; enquanto canta, afina a voz; enquanto transa, aproxima; enquanto beija, atrapalha (mas provoca risada e fica tudo bem!). Sorrir nunca é demais. Sorrir também dá rugas nos olhos e rugas no canto da boca. Mas, como me disseram, rugas de sorrir podem ser charmosas...
...

Indo dormir. Sorrindo...

domingo, 16 de outubro de 2011

Um samba pra Alice

Dias desses ganhei um samba.
Recebi um telefonema no meio do dia. Um amigo ator, sambista, me diz: "Fiz um samba pra você!"
Taí uma frase que você não escuta todo dia...
Faria mais sentido se eu tivesse um rebolado, dançasse miudinho, usasse salto alto, fosse rainha de escola, mulata do morro, morena jambo...
Aos 30 anos, adepta de filtro solar, fora de forma e nenhum gingado...ganhar um samba não faz mesmo qualquer sentido!
Sempre achei que o papel de musa inspiradora não era pra qualquer uma! Cresci achando que a Amélia virou a cabeça de Mário Lago como ninguém e que a Rita também era mulher de verdade, já que levou o sorriso do Chico, um disco do Noel, e ainda ganhou uma música. Passei a vida achando que mulher mais forte do que elas não havia. A Luiza, a Monique, a Carolina, todas bem difíceis de esquecer...
Agora aqui estou! Ganhando título e refrão. Virei protagonista de batucada.
A idade não deve estar me fazendo tão mal...
No país do carnaval, virar samba é quase como ser desenhada pelo Lan.
Preciso começar a frequentar umas rodas. Afinal, até agora "repique" era um pedido que eu fazia ao mudar o corte de cabelo e "tantan" um adjetivo que já aplicaram a minha personalidade.
Vou ter que rebolar!