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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pé no chão no mundo da lua

Comprei uma marreta e uma estaca esses dias! Vou mandar fincar meu pé no chão.
Ô pessoa pra sonhar...
Acho que mora um bichinho dentro de mim. Inquieto, safado... Insiste que a vida é feita em cores. Tem dias em que é rosa, tem dias em que é azul. Mas é sempre colorida. 
Bons tempos em que o jornal vinha em preto e branco - me trazia pro mundo real. 

O mundo real tem regras - e é numa galáxia muito distante do mundo ideal.
A gente mora no primeiro. 
Eu já sei, mas `as vezes esqueço. Ou vai ver gosto mesmo de me confundir.

No mundo real a gente não diz sempre o que pensa e existe uma palavra chamada segredo. No mundo real a gente não beija quem quiser, e "ninguém é de ninguém" só no carnaval.
O mundo real machuca a gente e é um bocado confuso. 
Eu vivo no país das maravilhas. E nele, como todo mundo sabe, a gente comemora até desaniversário.
Mas o mundo real não entende se você se apaixonar só por 15 dias ou tiver sempre muita vontade de abraçar muita gente. No mundo real nem todo mundo sabe o que é ser amigo de verdade, e quase ninguém diz obrigado.
O meu bichinho aqui dentro, que veio do outro planeta, sofreu pra se habituar! Passou poucas e boas até começar a entender que por aqui nem tudo se resolve sorrindo. Bichinho sofrido esse meu! Penou, penou, mas ficou esperto! 
Aí fizemos um trato: vamos morar por aqui, no meu mundo real. Eu dou a ele casa, comida e roupa lavada. Em troca ele me leva pra passear no Mundo dele sempre que der. Nem que seja sonhando.
Deve ser por isso que tem dias em que o vento na janela do carro parece estar fazendo carinho no meu rosto. E por isso também tem dias em que a música no rádio, tá na cara, foi feita pra mim! Nesses dias só o sol já basta. E dá uma vontade danada de ver gente, usar qualquer roupa, tomar cerveja.

Vivo por aí, no céu...
Eu, meu mundo da lua, meu país das maravilhas, meu mundo ideal.
Eu e o bichinho que mora em mim.
Eu e minhas outras Alices.

Acho que não quero usar a estaca. Até que é bom andar sem pisar no chão...

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